terça-feira, 13 de abril de 2010


Quando comecei a praticar yoga buscava, como muitas pessoas, manter meu corpo forte, flexível e saudável. Já na primeira aula percebi que alguma coisa a mais poderia acontecer. Esse "algo a mais" não era levitar, ficar deitada sobre pregos, ou qualquer desses equívocos que às vezes são propagados por aí e relacionados à prática da yoga. Tratava-se simplesmente de uma sensação de tranquilidade vinda (sim!) de um esforço físico, algo bem palpável, que se pode sentir após uma sessão de corrida ou musculação. Mas havia algo mais... como se até ali eu tivesse "me esquecido de respirar", de lembrar que eu respiro, e essa atenção voltada para a respiração - junto ao trabalho muscular - me fizeram ter um sensação diferente: era como se eu ficasse mais perto de mim desse jeito.
Lendo o livro Luz na Vida, de B.K.S. Iyengar, descobri bem mais tarde que na minha primeira aula de yoga estava exercitando a tal da união do meu corpo com a minha mente. Esse livro me apresentou também ao conceito de planos ou invólucros do ser (kosas), que os iogues definem como as camadas da nossa existência:
-Corpo físico (annamaya kosa)
-Corpo energético (pranamaya kosa)
-Corpo mental (manomaya kosa)
-Corpo intelectual (vijnanamaya kosa)
-Corpo espiritual (anandamaya kosa)
Ou seja, essa é uma forma didática de a yoga nos explicar que somos algo além de nossa pele, ossos, músculos e órgãos internos. Esta é nossa parte externa. Praticando as posturas (asanas) de yoga conseguimos entender e disciplinar nossa camada externa e, consequentemente, entrar em contato com as nossas outras camadas. Talvez isso soe abstrato demais... Mas experimente se lembrar disso durante a prática das posturas. Vale a pena!

8 comentários:

  1. oi lindona, suas palavras me fizeram lembrar de um retiro de yoga que fiz em 2004 em Santa Catarina. Fiquei 15 dias numa montanha (praticando e estudando das 6h às 23h) com intuito de me tornar instrutora e ali pude compreender mais profundamente o que é o yoga. Infelizmente o retiro não me rendeu o título de professora, acho que mais por falta de talento do que por interesse e encantamento ;-) Mas desejo a você e seus alunos (os de agora e os que estão por vir) uma linda parceria entre mestre/professor e pupilo/estudante.

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  2. Jornalista concreto, desconfiado, "cheio de verdades", sempre gostei de sentir na prática os resultados de tal atividade/comportamento etc.
    Tinha PRÉ-conceito com terapia e yoga... Ha, ha, ha, engano total. As 2 "coisas" dão resultado objetivo, palpável, tanto quanto fazer xixi esvazia a bexiga(belo explo., não?!). E saudades da GouVÉIA!

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  3. Ahhhhhh Johnny e seu sarcasmo!!! Saudade de você!

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  4. johnny que saudade do seu sarcasmo hahahahaha

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  5. Thaisita, minha querida!!
    Que bom que você entrou no blog e comentou! Quero vc sempre por perto!!
    Beijo enorme
    Saudade imensa...

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  6. Oi Fabiana! Fiquei sabendo do seu blog através do blog da Mari.
    Só queria dizer que esse "algo a mais" é o grande segredo da yoga.
    Quando a gente vai atrás de entender o que é isso a gente adentra o portal de transformação da prática.
    A conexão tá feita (entre nosso corpos) e aí a gente não é mais a mesma.
    P.S.: adorei o papel de fundo! Quero um igual. rsrsrs

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  7. Oi, Lu! Que bom que entrou no blog! Eu também acompanho o seu graças à Mari! Então, ela virou nossa conexão direta! rs
    E adorei o seu texto sobre envelhecer
    Então, menina, este papel de parede tá lá disponível, eu acho que é padrão!
    Apareça sempre!
    Beijos

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  8. Que legal!!! Estamos realmente numa "teia virtual".
    Aparecerei sempre sim.
    Vou ver se mudo o meu layout para experimentar o papel bonito. rsrsrs
    Beiju

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