domingo, 27 de maio de 2012

Viparita Dandasana

Há fases em que parece que o nosso corpo pede determinadas posturas. Estou numa fase, digamos assim, Viparita Dandasana. Por tabela, meus alunos acabam entrando na mesma onda... Acredita-se que essa postura simboliza a saudação yogi à força divina.





Aqui Viparita Dandasana praticada com apoio para a cabeça para aliviar possíveis dores no pescoço

Benefícios da postura: relaxa o cérebro; desenvolve estabilidade emocional e auto-confiança; estimula as glândulas adrenal, tireoide, pituitária e pineal; massageia o coração, prevenindo obstruções arteriais; melhora a capacidade pulmonar; melhora a flexibilidade da coluna; alivia indigestões e flatulência, entre muitos outros.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Posturas restauradoras já!

Quem me inspirou a escrever este post foi uma aluna recém-chegada que me ligou um dia dizendo que não ia à aula porque tinha dormido mal na noite anterior, estava se sentindo cansada, enfim, não estava legal. Disse a ela que poderia ficar à vontade pra escolher, mas que não estar se sentindo bem não era motivo para faltar. Aliás, ao contrário!
Nesses momentos em que a gente se sente sem energia, às vezes triste também, a prática da yoga ajuda muito. Não é todo dia que estamos dispostos e para isso há um cardápio imenso de práticas restauradoras. Abaixo, duas posturas recarregadoras de bateria:
Viparita Karani

Supta Badha Konasana


Atenção: Mulheres não devem praticar Viparita Karani durante o período menstrual

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A importância do Savasana

Muitos praticantes de yoga dão pulos de alegria quando chega a hora do Savasana (postura do morto) no fim da prática de yoga. Alguns até dizem que é a melhor parte da aula. Já ouvi um aluno dizer que ele só vai para a aula pra fazer Savasana. Essa postura, ao contrário do que aparenta, é das mais difíceis de dominar, já que não se trata apenas de deitar e fechar os olhos (muito menos de um convite ao ronco), mas de buscar aquietar a mente, tarefa pra lá de complexa. Apesar disso, na minha experiência como professora, essa é a postura que mais suscitou depoimentos dos alunos após a aula até hoje. Alguns toparam compartilhar suas vivências aqui:

"Minha experiência com o Savasana vem sendo como uma plantinha que se cuida todo dia. Estranho ter que ‘cuidar’ de um asana que não exige nada a não ser relaxar... Mas, na minha percepção, tive que cuidar para não me perder em mil pensamentos, cuidar para aquietar meu corpo, cuidar do meu bem-estar. Passados cinco anos de prática e todas essas fases de inquietação que já passei na postura, sinto hoje que saio da prática com a sensação de conquista, de que trouxe a mim todas as recompensas que a prática pode nos dar. Para mim, hoje, o Savasana é o ponto onde entendo que realmente estive concentrada todo o tempo para ao final chegar ao recolhimento e à absorção de toda a prática." (Mariana Evangelista)

 “Dizem que a primeira vez, a gente nunca esquece, certo?? No meu primeiro Savasana... tive a pior sensação que um ser pode ter. Senti o cheiro de carne apodrecida por um tempo. Aos poucos, me dei conta de que o cheiro vinha exatamente de mim mesma e de repente me dei conta de estar morta, literalmente em decomposição. Nunca esquecerei da sensação angustiante.” (Clarice Skalkowicz)
“Considero a postura do relaxamento final, o Savasana, um momento especial da aula. Embora todos os instantes de prática tenham sua importância, pois agem em benefício do todo, o Savasana me parece especial à medida que, além de relaxar, permite uma espécie de ‘amarração’ de tudo o que foi feito. Em muitas práticas, já mergulhei num relaxamento tal que me sentia presente e ausente ao mesmo tempo, sem estar dormindo. Outra experiência interessante nesta postura foi a sensação cromática que permeou a postura em muitas práticas.” (Ana Márcia Zago)

"O objetivo de Savasana é manter o corpo em repouso, a respiração passiva, enquanto a mente e o intelecto são gradualmente sublimados. Quando flutuações acontecem internamente e externamente, as energias mental e intelectual são desperdiçadas. Em Savasana, os transtornos internos ou emocionais da mente são acalmados (...). Então, a mente, livre de flutuações, se dissolve e é absorvida no eu, como um rio no mar." (tradução livre de um trecho do livro "Light on Prãnãyãma", de B. K. S. Iyengar)