quarta-feira, 27 de abril de 2011

A paciência

No Deva Loka, ou plano celeste, onde vivem os seres divinos, existe um grande sábio chamado Narada. Ele viaja por toda parte e algumas vezes vem à Terra para ver como estamos indo. Um dia, estava ele passando por uma floresta quando viu um aluno de yoga que já estava meditando por tanto tempo que as formigas haviam construído um grande monte de terra em volta de seu corpo. O yogi olhou para Narada e disse:
"-Mestre Narada, onde o senhor está indo?"
"-Para o céu, para a casa do Deus Shiva"
"-Por favor, o senhor pode indagar o Deus Shiva durante quantas vidas mais devo meditar? Tenho permanecido sentado aqui por um tempo longo demais. Você poderia ver isso para mim, por favor?"
"-Claro"
Narada caminhou algumas milhas e viu outro homem, mas este estava pulando, dançando e cantando com muita alegria. Quando viu Narada, disse:
"-Hei, Narada! Onde o senhor está indo?"
"-Para o céu"
"-Oh, isto é ótimo! Por favor, o senhor poderia descobrir por quanto tempo devo ficar aqui deste jeito? Quando terei minha libertação final?"
"-Claro, farei isso"
Muitos anos depois, Narada passou outra vez pelo mesmo caminho e viu o primeiro homem, que disse:
"-Narada, não tive resposta alguma de sua parte. O senhor esteve no céu? O que disse o Deus Shiva?"
"-Eu perguntei, mas ele disse que você ainda deverá nascer quatro vezes"
"-Outros...QUATRO...nascimentos???? Não esperei o tempo suficiente????", começou a gritar e a se lamentar.
Narada seguiu seu caminho e encontrou o segundo homem ainda cantando e dançando.
"-Hei, Narada! O que aconteceu? O senhor tem alguma notícia para mim?"
"-Sim. Está vendo aquela árvore ali?"
"-Claro"
"-Pode contar quantas folhas existem nela?"
"-Claro. Tenho paciência para isso. Quer que as conte imediatamente?"
"-Não, não. Você tem o tempo que quiser para fazê-lo."
"-Mas o que isso tem a ver com a minha pergunta?"
"-Bem, o Deus Shiva disse que você terá de nascer tantas vezes quantas forem as folhas daquela árvore."
"Oh! Tanto assim? Bem, pelo menos é um número limitado. Agora sei onde termina, isso é ótimo. Posso terminar isso logo. Agradeço a Deus por não ter dito que seriam as folhas da floresta inteira!"
Nesse exato momento, uma bela charrete veio do céu e o cocheiro disse:
"-Vamos, importa-se de entrar aqui? O Deus Shiva mandou buscá-lo"
"-Estou indo para o céu agora?"
"-Sim"
"-Mas agora mesmo Narada disse que primeiro eu teria de passar por muitos outros nascimentos."
"-Sim, mas parece que você estava pronto e disposto a fazer isto, então, por que motivo deveria esperar? Vamos"
"-E o outro homem?"
"-Ele não está pronto nem mesmo para esperar mais quatro nascimentos. Deixe-o esperar e trabalhar mais"
(Essa história é contada nas escrituras hindus, e foi extraída do livro "Os Sutras do Yoga de Patanjali", tradução e comentários de Sri Swami Satchidananda, editora Del Rey Ltda.)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sirshasana para a saúde do cérebro



"Os livros antigos chamam a Sirshasana de rainha de todas as asanas, e as razões não são difíceis de imaginar. Quando nascemos, normalmente a cabeça vem primeiro, seguida pelos membros. O crânio encerra o cérebro, que controla o sistema nervoso e os orgãos dos sentidos. O cérebro é a sede da inteligência, do conhecimento, do discernimento, da sabedoria e do poder. É a sede do Braman, a alma. Um país não pode prosperar sem um rei ou chefe constitucional para guiá-lo; assim, o corpo humano não pode viscejar sem um cérebro saudável." ("A Luz da Ioga", B.K.S. Iyengar, editora Cultrix)
Atenção: Mulheres no período menstrual não devem praticar esta postura. Pessoas que sofrem de glaucoma, pressão nos olhos, problemas nos ouvidos, pressão alta, espondilose cervical, dor nas costas, dor de cabeça e enxaqueca também devem evitar fazer Sirshasana.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Sensibilidade não significa fraqueza ou vulnerabilidade. Trata-se de clareza de percepção, o que favorece ações precisas e perspicazes." (B.K.S. Iyengar)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Inspiração

"Nosso receio mais profundo não é de que sejamos inadequados. Nosso receio mais profundo é que o nosso poder não tem limites. É a nossa Luz, não a nossa sombra que mais nos amedronta. Quem sou eu para ser genial, grandioso, talentoso e admirável? Na verdade quem é você para não o ser? Seu agir pequeno não serve ao mundo. Não há nada de esclarecedor em se diminuir para que outras pessoas não se sintam inseguras perto de você. Nós nascemos para tornar manifesto o Brilho; ele está em cada um de nós! E à medida que deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente, damos aos outros a permissão para fazer o mesmo. À medida que nos libertamos dos nossos próprios medos e limites autoimpostos, a nossa Presença, automaticamente, liberta o outro." (Nelson Mandela)

Não sei se o Mandela pratica posturas de yoga, mas certamente ele é um iogue de mão cheia...