sexta-feira, 23 de julho de 2010

Upavistha Konasana

Upavistha= sentado
Kona=ângulo
Devido ao estiramento dos tendões, a prática de Upavistha Konasana ajuda o sangue a circular na região pélvica, mantendo-a saudável. Esta postura relaxa os músculos abdominais, ajuda no tratamento de artrite no quadril, alivia dores ciáticas, ajuda a prevenir e aliviar hérnias, massageia os órgãos reprodutivos, estimula ovários, regula o fluxo menstrual e alivia os sintomas da tensão pré-menstrual.
Atenção: os efeitos das posturas de yoga são sentidos desde que aja a prática regular delas e permanências mais longas.


Fontes: "A Luz da Ioga", B.K.S.Iyengar e "Yoga - The Path to Holistic Health", B.K.S.Iyengar

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dica

Sempre vale a pena assistir a um filme de Woody Allen. Por tudo. Sua forma absolutamente humana de retratar as pessoas, sua total falta de pretensão, seu senso de humor... Mas o que tem a ver Woody Allen com yoga?? Nada mais yogue que o filme mais recente do diretor, "Tudo Pode Dar Certo". O protagonista, um físico cético e pra lá de mal humorado e neurótico, me fez rir o filme todo e me irritou em certos momentos por sua falta de sutileza... Mas, ao terminar o filme, cheguei à conclusão de que Boris (interpretado pelo ator Larry David) é um personagem extremamente yogue pelo simples fato de pregar o seguinte: viva a vida e pare de se fazer tantas perguntas. Isso é yoga. "A unidade da respiração, a consciência e os sentidos, seguida pela aniquilação de todos os conceitos: isso é Yoga." (Maitrí Upanishad, VI: 25). Não percam o filme e a próxima aula...
Namastê!
Oi, Boris! Bem que você podia praticar umas posturas de yoga, né?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Acalme a sua língua

Ando vigiando muito a minha língua. Explico: não só durante a minha prática de asanas (posturas), mas durante o meu dia todo, procuro manter a língua relaxada, porque assim minha garganta e meu cérebro relaxam. Segundo a yoga, a garganta é a região do chacra vishuddhi, a roda da purificação, e ela está diretamente ligada à língua e ao cérebro. Tensão é sinônimo de intoxicação e, consequentemente, impurezas. Portanto, enquanto a garganta estiver tensa (e por tabela, a língua e o cérebro) essa roda será impura. Mas não precisamos ir tão longe assim pra perceber que o cérebro quando relaxado aprende melhor do que quando rígido. Nós pensamos com mais clareza quando estamos relaxados e fatalmente nossas ações se tornam mais conscientes. Mas é interessante como estamos habituados a prender a língua dentro da boca, apertando assim a garganta. É por isso (hey, queridos alunos!) que eu repito tanto durante a aula: "Relaxe a língua dentro da boca". A qualidade da prática (e do dia) muda.

Fonte: "Luz na Vida", B.K.S. Iyengar

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os obstáculos somos nós que criamos

A Marineide (amiga querida que, além de se chamar na verdade Mariana, é minha ex-professora de yoga e dona do blog algosobreyoga.blogspot.com) veio passar o último feriado conosco (até que enfim!). Na sexta à noite fizemos uma baladinha pretensamente roqueira, nos divertimos muito e voltamos pra casa por volta de 3 e meia da madrugada! Isso é a coisa mais rara pra mim (confesso que sou mais diurna, apesar de adorar a noite. É, é um pouco contraditório). Pois bem. Mari e eu tínhamos combinado de andar na manhã de sábado e praticar um pouco de asanas. O que não estava nos nossos planos era chegar meio-dia no parque... Estava um dia lindo, ensolarado, porém desértico (como tem sido há tempos). Nós duas, POUQUÍSSIMO tolerantes ao calor, estendemos nossos tapetinhos na grama e praticamos sob o sol a pino (temperatura média: 32 graus). Além do sol escaldante, havia outros "impedimentos" ou elementos que poderiam dificultar nossa prática: pessoas em volta jogando futebol e eu, ainda por cima recém-operada, tinha acabado de tirar os pontos (da boca) e sabia que nem todas posturas eu podia fazer. Mas a nossa prática foi incrivelmente fluida, porém forte. Não combinamos a sequência de asanas. Eles iam surgindo naturalmente. Tagarelamos um pouco durante a prática (o que poderia "quebrar" o clima) e até fizemos umas fotos. Realizamos permanências longas de flexões e torções. Ok. Já pratiquei longas permanências de flexões e torções em situações mais confortáveis (ou melhor, sem aquela bola de fogo no céu esturricando os miolos). A questão é que a prática foi altamente refrescante, confortável, "sem tranco". Rigidez zero (mas, repito, fizemos uma prática forte de posturas). Só depois de sairmos do parque é que fomos nos dando conta de como a prática tinha sido especial. Lembramos, claro, do fato de as flexões e torções terem efeito refrescante e percebemos que estávamos totalmente entregues a elas. Ou seja, aparentemente tudo estava indo contra, mas o que a gente fez foi escolher posturas adequadas para a situação e estar presentes no momento presente. Esse foi o nosso infalível veneno antidesconforto...
As torções: à esquerda, eu em Marichyasana; à direita, Marineide (de onde surgem os apelidos, hein?) permanece em Ardha Matsyendrasana
                                                                

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Seja firme e suave

"Embora só se possa avaliar um asana (postura) objetivamente vendo-o de fora, é dentro que ele se sustenta. Ao atingir a postura final, deve-se aprender a soltar o esforço e o retesamento dos músculos e transferir a carga para os ligamentos e as articulações, de modo que mantenham a estabilidade do asana sem que nem mesmo a respiração faça o corpo oscilar. Enquanto sustenta o alongamento, concentre-se não em segurar-se, mas em relaxar e abrir-se." ("Luz na Vida", B.K.S. Iyengar)



Na foto, o sr. Iyengar (de short vermelho) ensinando Virabhadrasana I (Postura do Guerreiro I)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Prasarita Padottanasana

Prasarita=expandido, estendido, aberto
Pada=pé
tan=esticar, estender
asana=postura
Nesta postura, as pernas são intensamente estiradas, proporcionando bom desenvolvimento do tendão do joelho e do músculo abdutor. A prática regular de Prasarita Padottanasana tem efeito antidepressivo e calmante, já que ela facilita o fluxo de sangue para o tronco e a cabeça; energiza o coração e os pulmões; reduz a pressão sanguínea, tonifica órgãos abdominais, facilita a digestão e refresca o corpo e o cérebro. É possível colocar um almofadão ou bloco embaixo da cabeça, caso o praticante não chegue com o topo dela no chão. Importante: não pressione a cabeça nem o pescoço enquanto estiver nesta postura. Procure equilibrar o peso entre as mãos e os pés, e manter as orelhas afastadas dos ombros.
Segundo B.K.S. Iyengar, não é recomendável ficar mais que 1 minuto nesta postura, especialmente se o praticante for iniciante. Se o praticante tem pressão baixa, deve voltar da postura devagar e gradualmente para evitar tontura.
Fontes: "A Luz da Ioga", B.K.S.Iyengar, Cultrix
"Yoga - The Path to Holistic Health", B.K.S.Iyengar, DK

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Atitude yogue

"Não é com os olhos pregados no mundo exterior, com todos os sentidos abertos e atentos aos fenômenos sensíveis que há de o espírito humano conhecer a sua própria natureza."
                                                                                               Padre Antônio Vieira