A Marineide (amiga querida que, além de se chamar na verdade Mariana, é minha ex-professora de yoga e dona do blog algosobreyoga.blogspot.com) veio passar o último feriado conosco (até que enfim!). Na sexta à noite fizemos uma baladinha pretensamente roqueira, nos divertimos muito e voltamos pra casa por volta de 3 e meia da madrugada! Isso é a coisa mais rara pra mim (confesso que sou mais diurna, apesar de adorar a noite. É, é um pouco contraditório). Pois bem. Mari e eu tínhamos combinado de andar na manhã de sábado e praticar um pouco de asanas. O que não estava nos nossos planos era chegar meio-dia no parque... Estava um dia lindo, ensolarado, porém desértico (como tem sido há tempos). Nós duas, POUQUÍSSIMO tolerantes ao calor, estendemos nossos tapetinhos na grama e praticamos sob o sol a pino (temperatura média: 32 graus). Além do sol escaldante, havia outros "impedimentos" ou elementos que poderiam dificultar nossa prática: pessoas em volta jogando futebol e eu, ainda por cima recém-operada, tinha acabado de tirar os pontos (da boca) e sabia que nem todas posturas eu podia fazer. Mas a nossa prática foi incrivelmente fluida, porém forte. Não combinamos a sequência de asanas. Eles iam surgindo naturalmente. Tagarelamos um pouco durante a prática (o que poderia "quebrar" o clima) e até fizemos umas fotos. Realizamos permanências longas de flexões e torções. Ok. Já pratiquei longas permanências de flexões e torções em situações mais confortáveis (ou melhor, sem aquela bola de fogo no céu esturricando os miolos). A questão é que a prática foi altamente refrescante, confortável, "sem tranco". Rigidez zero (mas, repito, fizemos uma prática forte de posturas). Só depois de sairmos do parque é que fomos nos dando conta de como a prática tinha sido especial. Lembramos, claro, do fato de as flexões e torções terem efeito refrescante e percebemos que estávamos totalmente entregues a elas. Ou seja, aparentemente tudo estava indo contra, mas o que a gente fez foi escolher posturas adequadas para a situação e estar presentes no momento presente. Esse foi o nosso infalível veneno antidesconforto...
As torções: à esquerda, eu em Marichyasana; à direita, Marineide (de onde surgem os apelidos, hein?) permanece em Ardha Matsyendrasana