Em breve estarei viajando para a Índia com uma amiga pela primeira vez. Desde que começamos a planejar a viagem, viramos ratas de blogs, livros, revistas, enfim, tudo o que nos dê notícias e ideias sobre o país em que nasceu o yoga. Fora as conversas com quem já foi pra lá... Cada qual com suas impressões, dicas, memórias tem nos ajudado a formar um mosaico na cabeça... Por mais que a gente viaje sabendo por outras pessoas que a comida é apimentada ("então, cuidado!"), que a sujeira, higiene duvidosa e o caos imperam ("relaxem!"), que os indianos têm esperteza nata e podem querer te passar para trás ("fiquem espertas!"), só vamos realmente ter a dimensão do "exotismo" vivenciando-o. Mas a primeira impressão que tive da Índia por enquanto foi a melhor. Fiz a reserva do hotel em que chegaremos em Nova Dheli por email. Até aí ok. Mas o que há de relevante em relação a isso que me fez querer escrever aqui? A reserva está feita na palavra. Não tive que deixar "um sinal" (como dizem aqui), nem pagar metade (sim, eles aceitam cartão de crédito), nem nada! Tive que dizer qual quarto queremos, o dia em que chegamos, nossos nomes, o número e o horário do voo!! "E, por favor" - disse o simpático atendente naquele inglês só deles (o meu é bem pior...)-, "confirmem 10 dias antes se vocês vêm mesmo para a Índia". What??? Quase respondi assim! Minha gente, estou falando de Nova Dheli, a capital do país!! Senti um misto de encantamento e (confesso) desconfiança. Tipo "será mesmo que o quarto tá garantido? Não sei não..." Infelizmente, eu fiquei espantada. Não deveria. Idealizações à parte, o mundo seria bem menos miserável em todos os sentidos se as pessoas confiassem na palavra umas das outras, se a palavra fosse o termômetro das relações...
As cenas dos próximos capítulos eu conto depois!