terça-feira, 30 de novembro de 2010

Déjà-vu

Vira e mexe são publicadas notícias sobre descobertas científicas decorrentes de pesquisas aplicadas em voluntários geralmente divididos em um grupo de pessoas que testam a hipótese e outro grupo chamado controle, que não experimenta a "novidade" pra ver até onde ela "funciona". Às vezes, a descoberta não soa como descoberta de verdade e mais parece um déjá-vu, aquela coisa que a gente já viu em algum lugar, ou aquela sensação de já termos vivido aquilo antes. Tive essa sensação ao ler uma nota no jornal Folha de S.Paulo no último dia 12. A minirreportagem anunciava: "Dispersão mental causa infelicidade, aponta pesquisa". E continuava contando que um estudo divulgado nos EUA pela Universidade de Harvard (e publicado na revista Science) concluiu que as pessoas gastam quase metade do tempo imaginando que gostariam de estar em algum outro lugar ou fazendo outra coisa que não a que elas fazem. A pesquisa acompanhou 2.250 pessoas. Palavras dos psicólogos Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert: "A mente humana é uma mente dispersa e uma mente dispersa é uma mente infeliz". E ainda: "Nossa vida mental é permeada, em um nível significativo, pelo não presente". A sensação de "não novidade" me pegou exatamente aí: o yoga, ciência que nasceu na Índia, diz isso há 8 mil anos. Seu objetivo é acalmar o corpo, acalmar a respiração e, finalmente, acalmar a mente. Não se trata de mágica, tampouco de crença. Trata-se exclusivamente de prática. Faço minhas as palavras do meu professor: "Yoga: não acredite. Pratique."
Namastê!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Aprender de novo

No último fim de semana, participei do workshop de Iyengar Yoga com o professor indiano Arun, na Escola Yoga Dham, em São Paulo. Ele é discípulo do mestre BKS Iyengar, a quem se refere o tempo todo como guruji (uma forma carinhosa para a palavra "guru"). Daria para me estender aqui em muitas linhas sobre o quanto aprendi em dois dias... Muitos detalhes me chamaram a atenção no modo como Arun ensina, desde a mistura de espiritualidade com pragmatismo, a simplicidade com que ensina os asanas e a inesgotável criatividade no uso dos props (acessórios usados na prática de Iyengar Yoga). Outra marca do Arun é o modo como ele permanece nas posturas: em TODAS, seja Virabhadrasana I ou Supta Badha Konasana, ele fica completamente relaxado, leve, e isso não tem a ver só com o fato de praticar há mais de 30 anos (acho que é isso), mas de realizar as posturas com uma atitude interna diferente. Ele pratica usando a mente, não só o corpo. É bem bonito de ver.
Ao falar sobre o efeito das posturas invertidas (segundo Arun, 20 minutos de invertidas têm o efeito de 3 horas de sono), nos advertiu para o fato de que esses asanas podem nos viciar e arrematou: "Yoga é tirar o vício". Pois é, muitas vezes, nós praticantes nos tornamos quase obsessivos levados pela disciplina que a própria prática exige. E às vezes, sem perceber, a prática das posturas vai virando uma ginástica. E aí o yoga se perdeu...
Ainda tomando emprestadas as palavras de Arun: "Nada vai acontecer se você quebrar um hábito".
Namastê!
http://www.yogashraya.org/ (o site dele)

Supta Badha Konasana: Arun, você e eu conseguimos relaxar neste asana


Virabhadrasana I: só o Arun mesmo pra dormir nesta postura...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alguém conhece algum cachorro com problema na coluna?

Paschimottanasana (Postura da Pinça)



"Esta asana tonifica os órgãos abdominais e estimula seu funcionamento. Além disso, tonifica os rins, rejuvenesce toda a coluna e melhora a digestão.
A coluna dos animais é horizontal, e seu coração fica abaixo dela. Isso os mantêm saudáveis e lhes dá grande resistência. Nos seres humanos, a coluna é vertical, e o coração tem localização distinta, por isso nos cansamos facilmente e somos afetados por doenças cardíacas. Na Paschimottanasana, a coluna é mantida reta e horizontal, e o coração fica num nível inferior em relação a ela. Um bom tempo nessa posição massageia o coração, a coluna e os órgãos abdominais, que se sentem refrescados, e descansa a mente."  ("A Luz da Ioga", B.K.S. Iyengar, editora Cultrix)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Gente fina, elegante e sincera

Providenciou-se uma chuvinha para refrescar o dia. Trouxeram entusiasmo, interesse e tapas (autoesforço). Pronto! Estava formado o grupo de nove pessoas (11 ao todo, incluindo a Cristina e eu) que se encontrou no primeiro Sábado Yogue do Samadhi Spa Urbano (6/11/10) para praticar asanas (posturas de yoga), escutar, trocar experiências, aprender, ensinar e até cantar um pouco de mantras. Foi um dia bem especial... E pessoas reunidas com o mesmo objetivo só podem trazer boa sorte...
Obrigada!
Abaixo, algumas fotos do encontro.
Aguardem o próximo!
Namastê.

Depois da prática da manhã, a alegria ao avistar o cuscuz marroquino fresquinho

Assunto não faltou...

...no bangalô à espera da sobremesa

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um ensinamento védico diz:
"Satyam bruyat priyam bruyat."
("Fale o que é verdadeiro e fale o que é agradável.")